Nascida e criada na Zona da Mata Norte Pernambucana, filha de Maria Imaculada e Reginaldo José, cresci permeada pelas incompatibilidades de um lar amoroso e um mundo cruel. Me equilibrando entre as tramas destas desventuras percebi que o mundo ao redor me queria muda, submissa e conformada. Mas a bravura dos Malés e a coragem de Dandara ergueram meu queixo e minha voz, enquanto a ancestralidade soprava em meus ouvidos que filha de Oyá pisa firme nesse chão.
E assim, contra todos os deboches e “nãos” eu firmei meu propósito e posso me afirmar mulher negra! Integrante do Coletivo Filhas do Vento, do Comitê de Antropólogas/os Negras/os da Associação Brasileira de Antropologia e do Coletivo Negro Marlene Cunha.
Dedico meus conhecimentos à militância e a intelectualidade negra em favor de uma sociedade mais justa e equânime.
Matrigestora de lindas amizades, entusiasta dos afetos verdadeiros e artesã dos sorrisos sinceros só para quem os merece, eu sou uma brisa leve que trás o prenuncio das tormentas que reviram o mundo e permitem que o novo possa florescer.